Tosquice
Eu não quero que pense que eu não consigo respirar nem de desprender da alma porque você não esta ao meu lado.
Mas algo está me consumindo, alguma coisa escura, e está frio e eu não consigo enxergar se seu olhar esta de encontro com o meu,
Vou tomar um banho frio.Um anti-gripal.Preparar-me pra sair porque hoje vai ser uma festa.E eu vou dançar e beber loucamente.E abraçar meus amigos e não lembrar que você não esta por aqui.
E quando a música estiver bem alta e meu coração estiver disparado, eu vou querer vomitar.
Vou lembrar de quando eu vi você e naquele dia a primeira vez e você estava totalmente com todas descordenações possíveis.E usava chinelos e abriu a porta e tinha muitas bolinhas na meia...
Sim estava tão com tanto sono que tinha até um ar de graça.Deixava escapar pelo canto da boca um riso muito tímido.
Um riso que me fazia dar vontade de abraçar tanto você e te possuir como o frio quando esta junto com o vinho, cúmplices.
Se eu gosto disso ou daquilo, e se a inflação não baixar, e se dólar subir,nem quero saber desse show que fui e não gostei, eu tenho sempre uma canção guardada comigo.
E se você quisesse comida japonesa e eu chinesa nem brigaríamos porque o vento entraria e nos saltaríamos e flutuaríamos quando você encostasse sua pele em minha pele.
Eu não quero que pense que eu sou uma insana, eu gosto de viver intensamente.Eu gosto de beber e de ver você conversando com todos...E das nossas amizades livros e musica.
Interessante, é quentinho, é uma sensação muito boa.
Eu não quero me drogar eu não preciso disso.Eu só preciso do ar pra respirar, uma canção imaginária e você sendo despida por meus olhos.
Eu te quero como alguém que viaja e volta após 10 anos.
Pulsação
Role, agora pega a pedra, finja de morto!!!
Alguém já possui todos meus direitos autorais...
Alguem assim...que possui coisa únicas...gostos, gestos, sons, e tons, só seus, e quisto meus...
E o som estava ensurdecedor quando a fumaça nos cegou.
Perdi por momentos o folego, perdi os sentidos, recuperava e perdia, estava estranho, eu nao sabia se eu era eu ou voce.
E não existia o tempo, porque nao vi as horas passarem, elas ficaram congeladas preenchida por nós.
E por mais um momento com voce, arriscaria todos os meus tesouros, mesmo sendo tão diferentes em um mundo tão igual...
Voce é tao especial que derramou todas minhas espectativas pra essa vida.
Saiba de uma coisa...eu adoro muito voce...e nao deixo voce escapar...
nao desta vez, nem nunca mais
Texto Flog
Madrugada lá fora
De tudo eu aproveito
Madruga em minha cama
Não durmo quando me deito...
Tututututu......
A mente que você procura está temporariamente fora de serviço!!!
Por favor, deixe seu recado após o Tuuuu!Tuuuuuuu!!
Pensamentos?
Assumir ou sumir?
Deixar ou partir?
Quem ser eu?
Eu ser mim e mim ser eu mesma!
Mim ser louca e não pedir explicação
No máximo perguntar se é Marte ou Plutão
O espelho está sem imagem refletida
Quem está do outro lado?
Não reconheço mais o choro do nascimento
Nem lembro, é não esclarecido.
Incerteza divisão bem lá dentro
Eu sou eu ou sou eu mesma?
Existe algo além ou menor que essa viagem ao ego ilustrada?
Alguma coisa fica me fazendo lembrar de deixar as portas abertas
Esqueci como fazer pra deixá-las abertas,
Por quê o vento quer sempre entrar e acabar com tudo?
Bagunça, conformidade, nobre cidade.
Acontecem coisas sem céu estrelado, sem previsão.
Vem ficando até ficar, sem controle.
Está tudo bem espalhado, esparramado,
Aprendi a respeitar os seus desejos, e vou ficar quietinha!
Mas sempre desconfiarei do teu silêncio, enquanto observarei minha pulsação descompassada.
Who the hell do you think you are?
Pérolas às vacas
As vacas gostam de viver no curral
E de receber ordens dos humanos
Algumas dão leite
Outras só sabem fazer muuuu
Por onde passam, deixam seu rastro
E um mau cheiro, insuportável
Algumas são pretas, outras malhadas
Algumas silicone, outras com nada
As vacas são de camurça
Daqueles tecidos de sapatos.
As vacas pastam o que é verde.
E eu só tenho colorido meu bem
Caixinha
Hoje, neste dia imensamente chuvoso, desisti de você
Desisti de todos os sonhos que pensamos, desisti de tudo o que tínhamos que fazer.
Guardei também em uma caixinha, todos os seus beijos e carinhos, todos os seus gemidos ao pé da minha orelha, guardei sim, guardei bem em uma caixinha, todos aqueles abraços de inverno, os olhares, os gestos, as lembranças.
Fiquei pensando no caso de alguém abrir sem querer a caixinha, vai que alguém sem querer...
Pensei e optei por guardar num lugar mais seguro, num lugar que talvez só um cardiologista tivesse acesso.
E guardei lá, depois joguei a chave fora, e por via das dúvidas, joguei as chaves reservas também, pra não cair na tentação de abrir a caixinha novamente.
Guardei num lugar que já era seu, só que agora não anda mais tão aquecido, pelo contrário, ele foi ficando triste e cada vez mais gelado.
A essa caixinha, ninguém mais vai ter acesso, fica assim então: PROIBIDO, e como as lembranças foram trancadas juntas, não terei como pensar em você.
E vai sumir pra sempre da minha vida, porque foi bem guardado aqui dentro.
Também não vai ter visitas, nem reencontros, e principalmente, nunca mais haverá despedidas.
Não verei você partir, nem andar, nem chorar, não verei você.
Não verei mais você, mais você, você? quem era pra ser?
Só sei que esse é um texto sobre chuva, que cai lentamente e molha meu rosto.
Às vezes se transforma em uma lágrima e escorre, e quando tento lembrar se era você, não lembro. Aí percebo que era só uma lágrima.
Rodamoinho
Daqui de dentro eu ouço o ranger desses parafusos, dessas malhas intrincadas, dessa engenharia que eu nem sei mais se é a vida, ou se é a vida porque o nome é vida, e assim é chamado.
Eu não entendo a engrenagem
Mas a contra-mola que resiste
Ela é perfurante, engrenagem delirante
As luzes da roda-gigante desse parque de diversões borram minha percepção e eu me sinto fora da órbita, do jogo.
Você não percebe? O percurso é redondo, volta para o mesmo ponto de partida.
As infinitas partidas...
Pensamentos mesquinhos
Este mundo em que a realidade é embassada na racionalidade, no mais progresso, em cores cinzas e fumaças.
Quanto insignificante, vazia, ignóbil e medíocre pode ser a existência então?
Sim, ela primeiro aponta pro nosso rosto, depois enfia o dedo no meio dos olhos, pra mostrar que posso enxergar e não somente o que está ao redor.
É mais pra ser sentido, extra-sensorial diria, mas também é como se fosse um golpe sorrateiramente certeiro no estômago, com gotas de pensamentos indigestos e sensíveis.
Tenho asco de toda essa parafernália que chamam de mundo, de todas as filosofias vãs ou não, causa-me fadiga muscular estes muitos pensamentos retóricos.
E me pergunto, quão irracional posso ser, atrelada em todas essas ilusões de solucionar tudo como uma equação de segundo grau?
Dá-me uma aspirina “senhor”, e livrai-me das dores de cabeça...Atchim e amém
Narciso
Olha-se no espelho, e acha muito belo
Olha e olha e olha...
Vai lá Narciso, observe o que é divino
Perca-se em seu labirinto
Pule nas profundezas do abismo
Ninguém atrai, nem te consola
Nem o amor, nem a discórdia
Vai lá Narciso, faça o que for preciso
Cumpra com seu destino
Faça conforme o previsto
Oras quer sim, por vezes diz não
Pode ser que chova, ou talvez faça sol
Vai lá Narciso, olha o que está refletido
Encante as mágoas, afogue o inimigo
Respire sem ar, enxergue o não visto
Não quer ir embora, nem mesmo ficar
Não sabe o que fazer, nem onde isso vai levar
Vai lá Narciso, continue medíocre e prolixo
Iluda e seja iludido
Vai embora e deixe livre o caminho
Não importa quanto falem
Não importa o que ouviu
Se tens medo, vá embora
Se covardes, então vil
Vai lá Narciso, não tem como escapar
A imagem que criou, sua alma levará
Vai lá, vai, vai lá Narciso...
Vá embora
Quando eu olhava pra você ao redor das pessoas, você conversava, se expressava, e sorria, ai como era lindo o seu sorriso, você arrumava o cabelo, tragava, soltava tão charmosamente a fumaça.
Vai som entra e sai som, deixei você escorregar, voar com o vento, sair da minha vida, não fui capaz de conter o furacão que há em você.
Gosto tanto que chega até a doer, de lembrar tantas coisas boas, e tantas e tantas coisas, que sei que agora você vai fazer com outra pessoa. E vai fazer amor, e em meio de carinhos, vai escapar um "eu te amo".
Posso imaginar porque já senti hoje. Não foi um castelo de areia que construímos. Fui eu quem construiu uma casa inteira sobre a areia...Movediça e muita mais muita neblina que me cegou a ponto de não recuperar a visão.
Vai passar com outra na minha frente, e me perguntar se eu estou bem. Nesse momento eu espero que você não se aproxime muito, pra que você não escute as batidas descompassadas do meu coração, do meu corpo inteiro implorando por um toque em você, dos meus pensamentos tentando te trazer pra mim, dos meus pensamentos gritando eu te amo, te amo e te amo.
Vai passar e vou continuar lá fingindo que estou viva, e bem, e cada vez vai morrer um pedaço seu em mim, então morrerei aos poucos. O melhor que eu tive sempre foi você, você minha metade fundida. Sim estou bem, estou ótima, estou qualquer coisa boa, sem você?
Não minha querida, não pergunte porque não vai querer entender, não vai precisar ouvir a resposta, é só olhar no fundo dos meus olhos. É tão explicito, é exatamente o que sempre foi. É quase um cachorro vendo um frango rodar, e rodar e rodar...
Que bom que você continua linda e está bem... Agora vá, por favor, vá, vá embora daqui. Saia e destrua essa parte de mim, como já fez tantas e tantas vezes. Vá somente porque eu te amo... Vá.
E...
O clima é de novidades e incertezas. Em breve fixo residência novamente em um lugar ainda desconhecido, não sei. Alguma coisa acontece sempre que volto para casa. Chego mais conservadora, me sentindo madura.
Uns dias em São Paulo, tropeço sozinha, é suficiente. Calço tênis e sigo com minha dieta de margueritas (a pizza, não a bebida), horários de ponta cabeça e me torno de novo the kid with no assistance.
Tenho ouvido músicas e pensamentos meus de gente mais vivida, isso é verdade. Mas continuo com vícios de antigamente.
Que meus trilhos avancem em galopadas e não corram em círculos atrás das próprias pegadas.
Então entendo que tudo é uma questão de se pegar querendo uma casa com quatro garagens, TV flat e piscina com luzes estraboscópicas. Tenho achado hipócrita quem grita aos quatro cantos que não gosta de conforto. Acho bom que paguem seu imposto, sua multa: a parte que cabe de dever à pessoa adulta.
Não reluto mais a ordem do mundo, nem divisão partidária. Talvez aqui esteja uma reacionária.
Agora é hora de evolução, não revolução.
Bobagens de gente que se acha crescida assim de repente. Pós-adolescente