Equilíbrio do caos
Escrito por
Mi
Nem sempre era bom acreditar num equilíbrio
Entre uma antítese e outra, o equilíbrio gerava o caos
Caos e nós em sua garganta
E uma estapafúrdia angústia de saber que o longe lhe era tão perto,
Quase palpável de se estar com ela sem poder estar
Então entre um cigarro e outro
Ela tentava se adequar, fazia máscaras, vestia-as
Esculpia o que fosse necessário para permanecer sã
Amputava sentimentos de um lado
Decepava atitudes de outro
Corria de lá pra cá
Como criança sapeca que machuca quando cai de joelhos
Mas mesmo assim, insistia em cair
Caia e repudiava sua dor ao se ver no chão
Sensação ruim que latejava e fazia doer sua alma
Segurava o choro ao sentir lastimáveis emoções
E não eram suas anatomias curvadas que penavam
Eram suas memórias que enraizadas sangravam incessantemente
E faziam vibrar em seu íntimo
Que ela era alguém
Alguém que ficava muito bem
Quando estava sem ninguém
Despertar
Escrito por
Mi
E despertou ofegante de um sonho ruim
Onde se perdia por horas e horas a procura
De sua boca que nada dizia, não respondia
Nem sua língua, nenhuma palavra
Só havia um falso sorriso que rasgava
Silenciava o que sua vontade exprimia
Ela então notou que nem sua canção preferida sabia
Olhou para os seus pensamentos que saiam às pressas
Mas eram contidos fazendo pegadas no teto do quarto
Loucos, roucos, ocos, ecos, repetitivos
Presos naquele escuro estavam seguros
E aos pouquinhos enchiam-lhe a alma de escuros
Num tempo onde havia mais perguntas
Que respostas para seu mundo virtual...
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